Mostrar mensagens com a etiqueta Jorge VAz Dias. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jorge VAz Dias. Mostrar todas as mensagens

# 5181





E assim que tocas
O mundo, os meus sentidos
Que se afastavam
Do poema,
Revivem ao terceiro
Dia
Como uma trindade
Existe na imperfeição.
Eu, tu e a ilusão.

And so you touch
The world, my senses
Which had drifted away
From the poem,
Revive on the third
Day
Like a trinity
Existing in imperfection.
Me, you and illusion.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Federica (final_girl_7)

# 5139



Sobeja-me a fome
Sobre beija-me
O lábio que esconde
A palavra

amor.

Alimento-me desse

silêncio.


I'm starving
On kiss me
The lip that hides
The word

love.

I feed on that

silence.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Anna Papachristou

# 5037



Há sempre alguma solidão
Em quartos de hotel
Tal como um prenúncio
De escandaleira.
Há quem se suicide
Neles
E há que morra por segundos
Por prazer.

There is always a certain loneliness
In hotel rooms
Like a prelude
To scandal.
Some people commit suicide
There
And some die for seconds
For pleasure.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia: Frankie Boy

# 4999



Há sempre alguma solidão
Em quartos de hotel
Tal como um prenúncio
De escandaleira.
Há quem se suicide
Neles
E há que morra por segundos
Por prazer.

There is always a certain loneliness
In hotel rooms
Like a prelude
To scandal.
Some people commit suicide
There
And some die for seconds
For pleasure.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Ana Gilbert

# 4985



Olho para as guerras
E os princípios do fim
Como a oportunidade
Para voltar para dentro
Do amor.
Repetir o milagre do
Nascimento
- Do início -
E refugiar-nos nos novos
Milagres.
Fazer amor e caber
Num lugar que parecendo
Intimamente pequeno,
Ser de facto
O novo-mundo
E o milagre do
Novo-Amor.

I look at the wars
And the beginnings of the end
As the opportunity
To go back inside
Of love.
To repeat the miracle of
Birth
- From the beginning -
And take refuge in new
Miracles.
Making love and belonging
In a place that seems
Intimately small,
Is in fact
The new world
And the miracle of
New-Love.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Carolina Geiger

# 4962



Que fogo que não queima
Mas constrói.
Corpo que leva
A surgir mais corpos
Em corpo alheio.
Combustão é um vício
Latente.
As costas que terminam
Na loucuraQue tudo incendeia!

A fire that doesn't burn
But builds.
A body that leads
To more bodies
In someone else's body.
Combustion is an addiction
Latent.
The back that ends
In madness
That sets everything on fire!

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fitigrafia | Photography: Elsa Martins

# 4955



Entregámo-nos ao momento.
A pele, a terra desconhecida.
O afrontamento,
A queda para a aventura.
Antes a poesia havia já sido
Nossa.
O que inventámos juntos

~ ou o futuro
~ ou como estacar o tempo

A saudade essa,
Uma banda sonora
Quando baixo ao sonho
Neste leito sem ti.


We surrendered to the moment.
The skin, the unknown land.
The rush,
The fall into adventure.
Before, poetry had already been
Ours.
What we invented together

~ or the future
~ or how to stop time

That longing,
A soundtrack
When I go down to dream
On this bed without you.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Jelena Stankovic

# 4946



Entregámo-nos ao momento.
A pele, a terra desconhecida.
O afrontamento,
A queda para a aventura.
Antes a poesia havia já sido
Nossa.
O que inventámos juntos

~ ou o futuro
~ ou como estacar o tempo

A saudade essa,
Uma banda sonora
Quando baixo ao sonho
Neste leito sem ti.


We surrendered to the moment.
The skin, the unknown land.
The rush,
The fall into adventure.
Before, poetry had already been
Ours.
What we invented together

~ or the future
~ or how to stop time

That longing,
A soundtrack
When I go down to dream
On this bed without you.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Anna Papachristou

# 4903



Posso morrer tantas vezes de amor por ti que não desapareço.

I can die so many times in love with you that I don't disappear.

Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: filo_melita_byn

# 3456



Oh indefesos poetas
Que sabendo o fim das coisas
Ainda o tentam apoquentar
E espicaçar, esperando-o
Diferente.

E não venha o mundo com
Alegações que se deve mudar
O processo para ter fins diferentes.
Alguém mais do que os poetas
Para tentar diferente
E conjurar contra a inépcia
Do que leva ao fim de tudo?

Audazes e indefesos poetas
Que amam mais numa vida
E morrem ainda mais vezes.
(Pelo menos morrem mais uma
Vez do que amam).

Acha alguém que não se deve amar
Mais e muito, antes
De morrer?

Acha alguém que viver muito
Não é tanto como viver mais
Por morrer mais vezes?

A maior parte dos poetas
Morrerá mais amante da vida
Do que temerosa da morte.

Por isso mundo e a beleza
Que os tentam iludir,
Convençam-se que não lhes fazem
Favor algum a lhes prestar
Amor ou apartando caminho.
Não se sintam responsáveis
Por não os amarem suficientemente.
Não é fácil amar mais do que a vida.
E não é um castigo
Vos asseguramos.

Texto: Jorge VAz Dias
Fotografia: Ana Martins

# 3440



O amor é um jogo de perder
Onde a poesia
Prenuncia o seu fim.
É também ela que dita o caminho
E que fita o caminho.
A poesia dorme contigo
Enquanto os corpos
Dos outros se vão
Perdendo no tempo.
Nós seremos eternamente
Jovens enquanto a poesia
Se deite em ti
A teu lado
Por todo lado.
Assim me fazes sentir
Sem sequer me chamares…
Mas chamaste.
E auguraste o meu fim.
E que seja para sempre.
Vários fins onde repetimos
A juventude
E a elasticidade do tempo.
A elasticidade do teu
Sorriso no meu tempo.
Beijo-te perdidamente
O ventre em nome
Do fim. Sorri-me.
Elasticamente pelo tempo.

Texto: Jorge VAz Dias
Fotografia: Vanda Cristina