# 3440
O amor é um jogo de perder
Onde a poesia
Prenuncia o seu fim.
É também ela que dita o caminho
E que fita o caminho.
A poesia dorme contigo
Enquanto os corpos
Dos outros se vão
Perdendo no tempo.
Nós seremos eternamente
Jovens enquanto a poesia
Se deite em ti
A teu lado
Por todo lado.
Assim me fazes sentir
Sem sequer me chamares…
Mas chamaste.
E auguraste o meu fim.
E que seja para sempre.
Vários fins onde repetimos
A juventude
E a elasticidade do tempo.
A elasticidade do teu
Sorriso no meu tempo.
Beijo-te perdidamente
O ventre em nome
Do fim. Sorri-me.
Elasticamente pelo tempo.
Texto: Jorge VAz Dias
Fotografia: Vanda Cristina
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