"Apenas em mim posso encontrar equilíbrio. Foste tu que me ensinaste isso, quando partiste. Eras tu o meu desequilíbrio." Texto: Elsa Margarida Rodrigues Foto: Florbela Leopoldo
"Se por magia a nuvem que percorre os céus pudesse ser gente durante alguns instantes, a primeira coisa que faria seria trepar a uma árvore e permanecer no seu topo – mesmo lá em cima – de braços estendidos, tentando tocar com a ponta dos dedos a primeira nuvem que passasse."
"Ela envolve-lhe a cintura com as pernas, o tronco com os braços, une a boca à sua, e os dois corpos tornam-se um só, que ondula e se movimenta pela casa contra portas, contra paredes, contra móveis, até aterrar na maciez da cama, onde se amam com a voragem de uma fome que nunca se poderá saciar."