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# 2080
"[dum lugar íntimo do espanto]
no vazio pachorrento que te fura
por ali passa a centelha
e enquanto passa
dilata-o."
Texto: calí boreaz
Foto: Maria João Alves
# 2069
"se olharmos bem
se olharmos bem, pelos poros da cidade podemos ver bicicletas saindo. é garantido que podemos pegar numa dessas e pedalar por uma nova rua contra a lei da gravidade, amolecendo muros e morros e amarras. é certo que tudo pode não passar de um devaneio. no momento em que nos aproximamos das cercanias, de cabelos contornando o vento e pés descalços, talvez a gente perceba que não saiu daquele lugar imóvel de onde olhávamos a cidade de baixo pra cima, buscando a luz do movimento que — sabemos — mora no cerne de todas as coisas do mundo, até nos buracos mais duros. mas se a própria vida é um devaneio do humano, que lhe inventa sentidos e fronteiras, revidemos, revidemos. depois disto, é certo isto: o mesmo lugar já não é o mesmo lugar."
Texto: calí boreaz
Foto: Sílvia Bernardino
# 2045
"o passeio
passeio:
passou enquanto eu passava.
tudo passa, mesmo que não dê um passo
fica pacificado
é isto: ex-isto."
Texto: calí boreaz
Foto: Elisabete Antunes
# 1978
"hora de vagar
substrato da poesia
uns restos de tarde
ainda boiando
sobre o precipício ansioso
das horas
a desoras
um exílio costeiro
na costura de um sonho
sob o ato da poesia
(...)
dez horas
um vago lume se acende e eu vagamente
subo e trato da poesia"
Texto: calí boreaz
Foto de partida: calí boreaz
Fotos de chegada: Cristina Vicente
# 1947
"o passeio
passeio:
passou enquanto eu passava.
tudo passa, mesmo que não dê um passo
fica pacificado
é isto: ex-isto."
Texto: calí boreaz
Foto de partida: calí boreaz
Foto de chegada: Ana Gilbert
# 1920
"se olharmos bem
se olharmos bem, pelos poros da cidade podemos ver bicicletas saindo. é garantido que podemos pegar numa dessas e pedalar por uma nova rua contra a lei da gravidade, amolecendo muros e morros e amarras. é certo que tudo pode não passar de um devaneio. no momento em que nos aproximamos das cercanias, de cabelos contornando o vento e pés descalços, talvez a gente perceba que não saiu daquele lugar imóvel de onde olhávamos a cidade de baixo pra cima, buscando a luz do movimento que — sabemos — mora no cerne de todas as coisas do mundo, até nos buracos mais duros. mas se a própria vida é um devaneio do humano, que lhe inventa sentidos e fronteiras, revidemos, revidemos. depois disto, é certo isto: o mesmo lugar já não é o mesmo lugar."
Texto: calí boreaz
Foto de partida: calí boreaz
Foto de chegada: Maria João Alves
# 1914
"a(l)titude
o vento que se
ouve dentro:
invento"
Foto de partida: Nita Ferreira
Foto de chegada: Sónia Silva
# 1908
"[dum lugar íntimo do desencanto]
todos os nossos passos decolam em direção ao caos
eu até parece que danço — mas condenso, só
eu até parece que passo — mas espaço, só"
Texto: calí boreaz
Foto: Frankie Boy
# 1907
"original
eu sou capaz de girar os polos
para agitar os líquidos dentro dos homens
tirar-lhes a visão dos centímetros dos sentimentos
estabelecidos girar girar girar até confundi-los
tanto que eu pegue enfim a maçã vermelha da lenda
assim lenta hemorragia de te amar"
Texto: calí boreaz
Foto: Carla de Sousa
# 1900
"[dum lugar íntimo do espanto]
no vazio pachorrento que te fura
por ali passa a centelha
e enquanto passa
dilata-o."
Texto: calí boreaz
Foto: Cristina Vicente
# 1892
"[dum lugar íntimo do desencanto]
todos os nossos passos decolam em direção ao caos
eu até parece que danço — mas condenso, só
eu até parece que passo — mas espaço, só"
Texto: calí boreaz
Foto de partida: Nita Ferreira
Foto de chegada: Ana Gilbert
# 1888
"entre
entre observar o mundo e viver no mundo
há um frágil quase etéreo espaço,
assim mais ou menos quanto cabe na ausência de um abraço"
Texto: calí boreaz
Foto de partida: calí boreaz
Foto de chegada: Peter A. Gilbert
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