Mostrar mensagens com a etiqueta Cláudia Rosa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cláudia Rosa. Mostrar todas as mensagens

# 4957



O passado não é um prólogo; confiar no presente é sempre um novo capítulo.

The past is not a prologue; trusting in the present is always a new chapter.

Texto | Text: Cristina Vicente
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4760



Olhemos o céu

Pousemos as ferramentas
E olhemos o céu

O vento
O sol
Tão comuns
Tão diversos

A beleza
A bondade
Tão certas
Tão esquivas

O fim
O princípio
Tão altos
Tão rentes

Olhemos o céu

Pousemos as ferramentas
E furemos as nuvens


Let's look at the sky

Put down your tools
And look at the sky

The wind
The sun
So common
So diverse

Beauty
Kindness
So certain
So elusive

The end
The beginning
So high
So close

Let's look at the sky

Let's put down our tools
And pierce the clouds

Texto | Text: Maria Moreno
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4697



Olho para o céu: o azul nunca vai acabar. É a única convicção que tenho.

I look at the sky: the blue will never end. It is the only conviction I have.

Texto | Text: Mónia Camacho
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4639



Pele era pele e não castigo. Num corpo escondido, encobriam-se as verdades e as vontades. Não haveria no mundo leveza enquanto houvesse, entre os corpos e os sentires, um cerco de pano rendilhado. Que lhe tirassem as molas, as rendas, as fibras que sustentam e as amarras costumeiras. Que o fizessem sem muros e modas. Que não o fizessem. E a cordilheira do ponto mais alto da sua liberdade agradecia.

Skin was skin and not punishment. Truths and desires were concealed in a hidden body. There would be no lightness in the world as long as there was a siege of lacy cloth between bodies and feelings. Let them remove the springs, the lace, the supporting fibers and the usual ties. Let them do it without walls and fashions. Let them not. And the mountain range at the highest point of its freedom would thank them.

Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4593



Edificamo-nos como exatidões,
Que o tempo dobra.
Imaginamos e delineamos direções,
Que o receio assombra.
Plantamos o destino como semente
Esquecida pelo amanhã ignoradamente.
Acredito mais
Em quem abraçou a dúvida.

We build ourselves up like exactitudes,
That time bends.
We imagine and outline directions,
That fear haunts.
We plant destiny like a seed
Ignorantly forgotten by tomorrow.
I believe more
In those who embrace doubt.

Texto | Text: Rúben Marques
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4450



vivo em perda
invejo histórias alheias

fui afastado da sociedade o suficiente
para não saber da fragilidade das grilhetas

não soube sobreviver onde estás
chamo-me robinson, em qualquer dia da semana


I live in grief
jealous of other’s history

been removed from society time enough
unable to know the fragility of the fetters

couldn’t survive where you are
my name’s robinson, whatever the weekday

Texto | Text: José Manuel
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4373



Abraça-me o olhar. Quero sentir a minha própria vulnerabilidade quando o mundo me engole inteira.
[Juntos não quebramos.]

Hold my gaze. I want to feel my own vulnerability when the world swallows me whole.
[Together we won't break.]

Texto | Text: Mariana Costa
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4302



Para onde vão as vidas que vivemos?
Vão para a pele, para os olhos e para o coração.
Vão para os melhores e para os piores pensamentos.
Vão para o remoinho dos tempos.
Vão para os panos de cozinha já usados, vão para a receita do bolo de uma avó longínqua que já esquecemos.
As vidas vão para o pó das estrelas e para as fábricas de todas as coisas.
Vão para as lágrimas que não choramos, as palavras que não dizemos e os silêncios que tão pouco entendemos.
As vidas que vivemos vão para o puzzle que todos trazemos.
Nele se encaixam.
Nele fazem sentido.

Where do the lives we live go?
They go to the skin, to the eyes, and to the heart.
They go to the best and to the worst thoughts.
They go to the whirlwind of time.
They go to the kitchen cloths already used, they go to the cake recipe of a distant grandmother that we have already forgotten.
Lives go to the stardust and to the factories of all things.
They go to the tears we don't cry, the words we don't say, and the silences we understand so little.
The lives we live go into the puzzle we all carry.
In it they fit.
In it they make sense.

Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 4269



Procuro-te até ao infinito na solidão de centenas e centenas de olhares descontinuados.

I search for you to infinity in the solitude of hundreds and hundreds of discontinuous glances.

Texto | Text: Vítor Vieira
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa

# 3507




AMIGO
Naquele fim de dia
caminhaste comigo,
ouviste o meu silêncio
foste, como sempre, abrigo.
És farol, és regresso a casa.
Obrigada, meu amigo.


[FRIEND
At that end of the day
you walked with me
you heard my silence
You were, as always, my shelter.
You’re lighthouse,
you’re homecoming.
Thank you, my friend.]

Texto | Text: Maria Ervilha
Fotografia | Photo: Cláudia Rosa

# 3450



Dizes-me que a liberdade não é um só tom.

Texto: Ana Miguel Socorro
Fotografia: Cláudia Rosa

# 3432




Um dia cortei as cordas, soltei amarras e parti. Nunca mais voltei. Ainda que ninguém saiba que fui.

Texto: Inês Henriques
Fotografia: Cláudia Rosa

# 3417




Existe no desencanto a essência da libertação...

Texto: Catarina Vale
Fotografia: Cláudia Rosa

# 3397



Não me ofereças flores. Planta-me jardins e vê-os crescer, comigo.

Texto: Paulo Kellerman
Fotografia: Cláudia Rosa