# 2407



Não tragas o tempo contado. Chega sem anunciar a partida. Demora-te na delicadeza da tua respiração enquanto acelera a minha, no corpo que roga pelo teu. Cerro os olhos, é nas memórias que te quero ver, nos instantes em que os olhares fascinados se convertiam num só, e os sentidos confundiam-se a qual de nós pertencer.
Esse toque, tão delicado, que sempre se faz sentir, serás tu ou, talvez, só a sede de te ter.
Serei algo mais do que espera?
Sussurra o meu nome e saberei que ainda existo...

Texto: Catarina Vale
Foto: Sónia Silva

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