# 1130



"Temia este abandono. Constato neste frio que visto como casaco justo: Não é aterrador o medo ao ganhar corpo. Todos os que subornei com ternura, para que não me deixassem, estão ausentes. Para quê o empenho? Acabarei sem pares. Coisa pequena. Comparo-o com o braço direito que levanto e ainda há uma mão com cinco dedos na extremidade. O mesmo constato com o esquerdo. O sexo permanece central e pulsa quente. Capaz de amar. Seria um último aceno assim o desejasse?"

Texto: Andreia Azevedo Moreira
Foto: Sónia Silva

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