# 463



"O meu amor definhou por desleixo. Ficou sujo de mágoas, estragado de dores, gasto do tempo. No meu amor fecharam-se portas, cresceram paredes, os tetos cederam. Do meu amor nada mais se aproveita para além do chão onde foi construído. Tudo o resto morreu de abandono. Aguarda demolição."

Texto: Elsa Margarida Rodrigues
Foto: Maria João Alves

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