# 2085



"Emergimos sem certezas da profundidade que foi possível alcançar. Talvez superfície e mergulhos em ilusão. Azul do céu fundido em azul do mar, confundindo inícios nos seus fins. Uma cor só...
A ambição de aparecer esquecendo que só com outros nos podemos distinguir. Ínfimos centros de mundos que são o próprio mundo em si. É sentirmo-nos grandes que nos torna assim tão pequenos.
Ruidosos na coragem que se silencia a cada vez que se deveria escutar. Palavras do que não chega a existir revestindo rostos naturais apenas nas sombras impossíveis de ocultar.
As imperfeições dilatam-se sempre na sua transposição. Crer que se é mais por não se deixar ser..." 

Texto: Catarina Vale
Foto: Maria João Faísca

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