# 1911



Dores silenciosas d’alma…
Tristeza e solidão.
Engavetadas…


Palavras que são escritas em contagem decrescente com a prata riscada em traços curvados de letras, elas que ligadas entre si, transportam dilemas sofridos, desgastados, talham e silenciam emoções...
E na cegueira sensorial, o suave som da tinta vai espalhando, em espirais retorcidas, os sentidos por elas delineados. Letra por letra. Sílaba a sílaba.
E nas reticências, ponto a ponto suspende-se o tempo, por um tempo, esse de uma gaveta que é aberta e que nela se deixa cair, sendo esquecido até não ser mais do que passado no tempo."


Texto e foto: Cristina Vicente

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