# 1812



"Pediste-me para esticar a mão. Entreguei-ta aberta. O teu olhar acompanhou o teu dedo que deslizava sobre as suas linhas vincadas. Dizias que esses pequenos caminhos percorridos na palma da minha mão revelariam tudo acerca da minha vida. 
Não reparaste em nenhum momento para o meu olhar, o meu corpo, as linhas invisíveis que atravessam o meu ser e se propagam para além do meu todo. Sou feita disso tudo e nem reparaste. Podes saber da minha vida, mas não sabes nada de mim."

Texto: Sandrine Cordeiro
Foto: Tânia João

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