# 1781



"Como peixe dentro de água, é assim que me sinto enterrada. Dentro de terra, mas não morta. Por vezes venho ao de cima espreitar o que se passa à superfície e, apesar do verde das plantas serem o que avisto assim que retiro cada grão dos meus olhos, sei que para além deste milagre há algo de mais tenebroso à minha espera. Por vezes vou, mas volto assim que possa, as minhas raízes apelam a que o meu corpo regresse para o meu lugar de pertença e enterro o meu ser, uma vez mais."

Texto: Sandrine Cordeiro
Foto: Tânia João

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