Podia ter tirado tudo aquilo dali. Mas teve medo. Podia perder o sentido da vida. Sempre contavam histórias aquelas carcaças. Ela lembrava-se de todas. Ainda.
Sorriu. Suspirou. Os olhos ficaram húmidos, passou as mãos pelo cabelo, cinco ou dez vezes. Não se sentia ela própria. Talvez isso fosse bom. Sentiu frio. Aborreceu-se, não pelo corte, nem pelos brinquedos, só pelo tempo. Tempo perdido."
Texto: Andreia Monteiro
Foto: Rui Mãos de Cenoura
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