# 5430
Conto até zero. Perdi.
Sabia contar até dois. Mas mal.
Um é-me mais fácil, às vezes tanto que tenho frio. Cresce-me espinha acima e lembra-me que não sou mais small spoon. Nem grande. Agora aguço-me, qual espada. A armadura pesa-me. O movimento cessa. A expressão escondida. Estátua!
Pedi-te em casamento, ramalhete na mão. O não em caracol. O segredo era não me mexer. Estátua! Não te mexeste. Conto até zero. Perdi(-te).
I count down to zero. I lost.
I knew how to count to two. But barely.
One is easier for me, sometimes so easy it makes me cold. It climbs up my spine and reminds me I’m no longer the small spoon. Nor the big one. Now I sharpen myself, like a sword. The armor weighs on me. Movement stops. Expression hidden. Statue!
I asked you to marry me, bouquet in hand. Your no curled like a snail shell. The secret was not to move. Statue! You did not move. I count down to zero. I lost (you).
Texto | Text: Carina Martinho Coelho
Fotografia | Photography: Sandra Fine
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)

Sem comentários:
Enviar um comentário