fotografar palavras
(transformar palavra em fotografia)
# 2754
Agigantam-se os fantasmas diante de mim agarrado a um raio de luz.
Texto: Nuno Pinto Bastos
Foto: Pale Pink
# 2747
Caminhamos
Caminhamos?
Fazemos do chão os nossos pés e das ruas os nossos braços.
Prendemos os olhos nas janelas e vagueamos pelas paredes, sem as apagar.
Descobrimos vida no inanimado dos passeios, levamos nos bolsos a música que se abandona pelos ouvidos. Com ela, preenchemos o vazio intersticial dos passos.
Caminhamos.
Corremos. Quando o tempo sobra a escassear. Sem pressa, sem lugar ou destino.
Chegamos, sem bagagem, cheios de fome e de caminho e queremos voltar.
Texto: Elisabete Neves
Foto: António Carreira
Caminhamos?
Fazemos do chão os nossos pés e das ruas os nossos braços.
Prendemos os olhos nas janelas e vagueamos pelas paredes, sem as apagar.
Descobrimos vida no inanimado dos passeios, levamos nos bolsos a música que se abandona pelos ouvidos. Com ela, preenchemos o vazio intersticial dos passos.
Caminhamos.
Corremos. Quando o tempo sobra a escassear. Sem pressa, sem lugar ou destino.
Chegamos, sem bagagem, cheios de fome e de caminho e queremos voltar.
Texto: Elisabete Neves
Foto: António Carreira
# 2746
Da incomensurável entrega ao que faço não aguardo dividendos. É acto puro.
Texto: Andreia Azevedo Moreira
Foto: Paula Calheiros
# 2745
Há sítios que apenas se percebem se os percorreres descalça.
Texto: Mónia Camacho
Foto: Ana Rodrigues
# 2744
O dia só começa depois do teu sorriso.
E tu sorris! E o dia começa!
Texto: Mar Graciosa
Foto: Jorge Gomes Pereira
# 2742
quando chegaste
deixei de acreditar que a água era o melhor vestido para o meu corpo
Texto: Isabel Pires
Foto: Elsa Arrais
# 2741
Há momentos em que nos sentimos tão especiais que queremos eternizá-los, guardá-los carinhosa e calorosamente nas nossas memórias. Tal e qual eles nos se apresentam. Sabes como se faz? Ensinas-me?
Texto: Patrícia Grilo
Foto: Helena Abreu
# 2740
Reapareces-me sempre que te consigo finalmente esquecer. Enigma progressivo. Memória de um tempo não tão longínquo em que a minha música eras tu. Pacto insubmisso entre a deusa e o diabo, diariamente celebrado a sangue e canções de afeto. Serás sempre aquelas noites iniciadas pelo walking across the sitting-room que diligenciava o nosso desejo e a nossa denegação. Verbo intangível, suicídio eviterno. Princípio de um fim que dissimula navegar na eternidade. Jardim povoado de rosas assaltadas e degraus de areia desvanecida. Pulverização de uma morte adiada. Beleza crua.
Texto: José Alberto Vasco
Foto: Vilma Serrano
# 2739
«Até que nos possamos abraçar a céu aberto!»
Gritou. Todos, no Bairro, ouviram.
«Que a premência seja espalhar o Amor e não, apenas, sobreviver.»
Aplaudimos à janela.
Texto: Andreia Azevedo Moreira
Foto: Renata Barbosa
# 2736
Procuro-te, como a um sopro de luz, no negrume dos dias iguais.
Texto: Liliana Silva
Foto: João Oliveira
# 2735
Talvez seja isso o amor: a sensação de que ainda falta dizer tudo, apesar de tudo já ter sido dito.
Texto: Paulo Kellerman
Foto: Ana Gilbert
# 2731
Caminhamos
Caminhamos?
Fazemos do chão os nossos pés e das ruas os nossos braços.
Prendemos os olhos nas janelas e vagueamos pelas paredes, sem as apagar.
Descobrimos vida no inanimado dos passeios, levamos nos bolsos a música que se abandona pelos ouvidos. Com ela, preenchemos o vazio intersticial dos passos.
Caminhamos.
Corremos. Quando o tempo sobra a escassear. Sem pressa, sem lugar ou destino.
Chegamos, sem bagagem, cheios de fome e de caminho e queremos voltar.
Texto: Elisabete Neves
Foto: Elsa Arrais
Caminhamos?
Fazemos do chão os nossos pés e das ruas os nossos braços.
Prendemos os olhos nas janelas e vagueamos pelas paredes, sem as apagar.
Descobrimos vida no inanimado dos passeios, levamos nos bolsos a música que se abandona pelos ouvidos. Com ela, preenchemos o vazio intersticial dos passos.
Caminhamos.
Corremos. Quando o tempo sobra a escassear. Sem pressa, sem lugar ou destino.
Chegamos, sem bagagem, cheios de fome e de caminho e queremos voltar.
Texto: Elisabete Neves
Foto: Elsa Arrais
# 2730
Lembra-se da emoção do momento, o momento que antecede as grandes coisas. Lembra-se do nervosismo que sentiu, do corpo mole e do estômago a doer. Da excitação. Da antecipação das possibilidades.
Texto: Elsa Margarida Rodrigues
Foto: Nuno Sousa Dias
Texto: Elsa Margarida Rodrigues
Foto: Nuno Sousa Dias
# 2727
Serão os caminhos uma forma do mundo nos mostrar que só podemos ser felizes se sairmos dos lugares que habitamos?
Texto: Elsa Margarida Rodrigues
Foto: Maria Jorge Soares
# 2726
O tempo é apenas espera quando o meu nome se perde na tua voz.
Texto: Catarina Vale
Foto: Luciana Esteves
# 2725
sent'aqui
o amor tem aquela particularidade estranha de ser grande e insinuar-se em miudezas, como um jogo de provocação.
pode ser um gesto, uma palavra ou frase curta, a memória da temperatura da respiração sobre a pele, um fio de luz nos cabelos, o ondulado da boca naquele dia, um lastro de almíscar, uma réstia do azul da camisola, um sabor a movimento de estuário, as mãos em poesia.
como um sopro.
o amor tem a particularidade de misturar o tempo e o lugar, e transferir gestos, palavras, olhares e tons, de um sítio para outro, a erguerem-se em almanaques brilhantes.
como uma aparição.
sent'aqui.
na intersecção do sol com o negrume da noite.
Texto: Isabel Pires
Foto: Teresa Marques dos Santos
# 2724
[como estás?]
- Como estou?
(como o orvalho gelado,
ao sol de uma manhã de inverno,
depois da noite mais longa
e fria de todas.)
- Bem, e tu?
Texto: Andreia Marques
Foto: Cristina Vicente
# 2723
No caminho encontrei uma pedra. Lapidei-a em flor. Todos os dias a rego. Acho que já cresceu.
Texto: Renata Barbosa
Foto: Ana Moderno
# 2722
Não irei morrer sem saber quem eu sou. Penso e repito para dentro, para que todos os meus órgãos internos ressoem esta ideia e me obedeçam.
Texto: Rita Rosa
Foto: Ana Leiria
Texto: Rita Rosa
Foto: Ana Leiria
# 2721
Nunca serei um pássaro só por saber cantar.
Quero a alegria da manhã lúcida,
Da água fria que acorda os músculos,
Que enlouquece as asas e faz voar.
Texto: Fernando Silva
Foto: Frankie Boy
# 2720
Desligo-te.
A vaga ideia de ti, paira
como um novelo de ontens.
Promessas de páginas confinadas na agenda.
Da mão, caem-me as massinhas da canja
que te faria amanhã.
Baralham-se as letras,
Esqueço o teu nome.
Texto: Pale Pink
Fotos: Ana Gilbert
# 2715
Há utopias que não nos cansamos de querer alcançar. A liberdade de ser é uma delas.
Texto: Patrícia Grilo
Foto: Teresa Bret Afonso
Texto: Patrícia Grilo
Foto: Teresa Bret Afonso
# 2714
«Deus, a existir, instalado em cada coração!»
Uma prece ao contrário. Na vez de dirigida às divindades, a nós próprios.
Texto: Andreia Azevedo Moreira
Foto: Ana Trindade
# 2707
Por vezes, sente vontade de falar e, desse modo, expulsar as vozes para fora de si;
por vezes, inventa-lhes um destino
e o seu espírito divaga, levando consigo o olhar...
Texto: Paulo Kellerman
Foto: Luciana Esteves
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