# 2547



Passado pesado,
fechado num charco de memórias.
Sou reflexo dele.
Das voltas e voltas,
das noites revoltas.
Sou ele. Sendo eu.
Nas vidas que sonhei,
nas vozes que calei,
sou os livros que li à luz da lua.
E a chama que apaguei, perdura.
Sinto-lhe o cheiro de outrora,
no sabor salgado da memória.

Texto: Andreia Marques
Foto: Cristina Vicente

2 comentários:

  1. Belo poema para acompanhar uma foto que é um verdadeiro show de composição e gradação de tonalidades de cinza. Parabéns às duas!

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  2. Muito obrigada, Helena pelas suas palavras :) Um abraço :)

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