# 5030
Banais
As Árvores que Morrem
Uma árvore pariu a dor.
Ferida no corte de uma serra
ficou tombada entre o céu e a terra, até morrer.
Sem fauna
sem veias
sem grito
pariu-se no silêncio.
(as dores)
Nas vísceras caladas
fizeram-se lágrima seca
quem dela se viu
quem dela se cuidou.
Não houve coro,
o mundo adormecido
de fauna e flora
viu
olhou
e conteve o choro.
Banais
assim foram chamadas
as dores
de quem sofre de fauna e flora
na alma.
Banais
as árvores que morrem.
(Não existe banalidade na dor de território).
Trivial
The Dying Trees
A tree gave birth to pain.
Wounded by a saw
it fell between heaven and earth until it died.
No fauna
no veins
without a cry
it gave birth in silence.
(the pains)
In the silent viscera
became dry tear
who saw it
who cared for it.
There was no choir,
the sleeping world
of fauna and flora
saw
looked
and held back its weeping.
Trivial
that's what they were called
the pains
of those who suffer from fauna and flora
in the soul.
Trivial
the trees that die.
(There is no banality in the pain of territory).
Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Nadir Social Lens
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