Tantas vezes sucumbi na libertária negritude da tatuagem do teu peito que acabei por esquecer o que sempre entendi celebrar. Recordo apenas a incorpórea imensidão voluptuosa do teu olhar azul impelindo-me a mergulhar sem rede no palpitante pulsar que nos fuzilava naqueles épicos instantes em que éramos vórtice e precipício. Esgotámo-nos felizes naquele abismo de ódio e paixão libertando sem dor o patético vulcão que pulverizámos. Sem gelo e sem vírgulas. Apenas inícios sem fim.
Texto: José Alberto Vasco
Foto: Crow Xposure
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