fotografar palavras
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# 4963
À tua espera, passo os dias a inventar razões para o amor.
Waiting for you, I spend my days inventing reasons for love.
Texto | Text: Mónia Camacho
Fotografia | Photography: Maraia
# 4962
Que fogo que não queima
Mas constrói.
Corpo que leva
A surgir mais corpos
Em corpo alheio.
Combustão é um vício
Latente.
As costas que terminam
Na loucuraQue tudo incendeia!
A fire that doesn't burn
But builds.
A body that leads
To more bodies
In someone else's body.
Combustion is an addiction
Latent.
The back that ends
In madness
That sets everything on fire!
Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fitigrafia | Photography: Elsa Martins
# 4961
De sombras e sóis são feitos os dias. E nós.
From shadows and suns, days are made. And we.
Texto | Text: Viviane Lucas
Fotografia | Photography: Ana França
# 4960
E se pudesses voltar atrás e reencontrar-te com os momentos que foste vivendo? Reconhecê-los-ias?
What if you could go back and rediscover the moments you've lived through? Would you recognize them?
Texto | Text: Paulo Kellerman
Fotografia | Photography: Cristina Vicente
# 4959
Guardo o fenómeno de todos os dias como se todos os dias fossem um fenómeno.
I keep the phenomenon of every day as if every day were a phenomenon.
Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Carolina Geiger
# 4958
Murmuraram as ruas o nosso nome, ansiando por nos levarem pela mão...
The streets whispered our name, yearning to take us by the hand...
Texto | Text: Catarina Vale
Fotografia: Photography: Madame Liné
# 4957
O passado não é um prólogo; confiar no presente é sempre um novo capítulo.
The past is not a prologue; trusting in the present is always a new chapter.
Texto | Text: Cristina Vicente
Fotografia | Photography: Cláudia Rosa
# 4956
Perseidas
Decoro e delírio.
Como um díptico, assim emergiu.
Mas depois o sol de Agosto sensualizou este poema e indeferiu.
E eu reescrevi-o como um tríptico: Decoro, delírio e calidez.
Perseids
This was a diptych: decorum and delirium.
Then the August sun overruled.
Triptych it is: decorum, delirium and apricity.
Texto | Text: Ana Sofia Elias
Fotografia | Photography: Michèle Polak
# 4955
Entregámo-nos ao momento.
A pele, a terra desconhecida.
O afrontamento,
A queda para a aventura.
Antes a poesia havia já sido
Nossa.
O que inventámos juntos
~ ou o futuro
~ ou como estacar o tempo
A saudade essa,
Uma banda sonora
Quando baixo ao sonho
Neste leito sem ti.
We surrendered to the moment.
The skin, the unknown land.
The rush,
The fall into adventure.
Before, poetry had already been
Ours.
What we invented together
~ or the future
~ or how to stop time
That longing,
A soundtrack
When I go down to dream
On this bed without you.
Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Jelena Stankovic
# 4954
Que importa o mundo nos instantes em que se respira pelo corpo onde mais desejamos ficar?
What does the world matter when you're breathing through the body where you most want to be?
Texto | Text: Catarina Vale
Fotografia | Photography: Vanda Cristina
# 4953
Fomos construídos com tempo e pelo tempo. Vê-me. A mim. Pelos teus olhos. E procura-me no âmago da tua memória se for preciso, que essa é impossível apagar.
We were built with time and by time. See me. Me. Through your eyes. And look for me in the depths of your memory if necessary, as that is impossible to erase.
Texto | Text: Márcia Oliveira
Fotografia | Photography: Federica (final_girl_7)
# 4952
Deus construiu o mundo com banalidades. Delas, fez-se o extraordinário.
God built the world with banalities. From them, the extraordinary was made.
Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Joana Neves
# 4951
Fui a Oriente e lá
encontrei o novo mundo
intocável e fascinante
Fui a Oriente e de lá
voltei sem vontade
Fui a Oriente e deixei
minh'alma apaixonada por ti
I went East and there
I found the new world
untouchable and fascinating
I went East and from there
I didn't want to return
I went East and left
my soul in love with you
Texto | Text: José Manuel
Fotografia | Photography: Ana Martins
# 4950
eu a vejo pelos cantos
a murmurar preces vazias
eu a vejo pelos cantos
a chorar mágoas suspeitas
a cada passo pela casa
as paredes são sujeitos
em cada passo dessa casa
a morte grita pelo avesso
de meu peito sangram vozes
a vazar pelos meus dedos
ela para frente à porta
seu olhar de desespero
uma sombra-gente morta
possuindo-me inteiro
fala pela minha boca
sua voz que cala os outros
I see her in the corners
whispering empty prayers
I see her in the corners
crying suspicious sorrows
every step through the house
the walls become subjects
in every step of this house
death screams from the reverse
from my chest, voices bleed
through my fingers, they spill
she stands before the door
her desperate gaze will
a shadow-people lying dead
possessing me in the whole
speaks through my empty head
her voice silences their sway
Texto | Text: Vinicius Dias
Fotografia | Photography: Matteo Magni (Ubris Project)
# 4949
- Ouves o sussurro do tempo?
- Can you hear the whisper of time?
Texto | Text: Ana Gilbert
Fotografia | Photography: Peter A. Gilbert
# 4948
É este o caminho?
É este o caminho.
Sempre que fizeres a pergunta, dá mais um passo.
Is this the way?
This is the way.
Every time you ask the question, take one more step.
Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: game.animal
# 4947
Que venhas, então, em urgência, pois o tempo pesa em mim.
May you come urgently, then, because time is weighing on me.
Texto | Text: Sofia Melo Esteves
Fotografia | Photography: Carla Sofia Sousa
# 4946
Entregámo-nos ao momento.
A pele, a terra desconhecida.
O afrontamento,
A queda para a aventura.
Antes a poesia havia já sido
Nossa.
O que inventámos juntos
~ ou o futuro
~ ou como estacar o tempo
A saudade essa,
Uma banda sonora
Quando baixo ao sonho
Neste leito sem ti.
We surrendered to the moment.
The skin, the unknown land.
The rush,
The fall into adventure.
Before, poetry had already been
Ours.
What we invented together
~ or the future
~ or how to stop time
That longing,
A soundtrack
When I go down to dream
On this bed without you.
Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Anna Papachristou
We surrendered to the moment.
The skin, the unknown land.
The rush,
The fall into adventure.
Before, poetry had already been
Ours.
What we invented together
~ or the future
~ or how to stop time
That longing,
A soundtrack
When I go down to dream
On this bed without you.
Texto | Text: Jorge VAz Dias
Fotografia | Photography: Anna Papachristou
# 4945
viemos para terminar
o fim deste começo
sem exemplo, apenas uma vez
we arrived to finish
the end of this beginning
with no examples, only once
Texto | Text: José Manuel
Fotografia | Photography: Elsa Arrais
# 4944
Onde me abrigo das memórias que se recusam a extinguir?
Where can I take shelter from the memories that resist to extinguish?
Texto | Text: Catarina Vale
Fotografia | Photography: Clément Thuault
# 4943
Por que buscas no outro aquilo que não tens?
Why do you seek in others what you don't have?
Texto | Text: Vítor Vieira
Fotografia | Photography: Frankie Boy
# 4942
O passado não é um prólogo; confiar no presente é sempre um novo capítulo.
The past is not a prologue; trusting in the present is always a new chapter.
Texto | Text: Cristina Vicente
Fotografia | Photography: Theo Bunge
# 4941
Frágil. Por favor não abraçar. Risco de colapsar.
Fragile. Please don't hug. Risk of collapsing.
Texto | Text: Márcia Oliveira
Fotografia | Photography: Filo_melita_byn
# 4940
Talvez sonhar seja a primeira forma de existir…
Perhaps dreaming is the first way to exist...
Texto | Text: Catarina Vale
Fotografia | Photography: Clarice Stanger
# 4939
Procura-me nos lugares esquecidos, onde a nossa essência possa, sem receio, despontar...
Look for me in the forgotten places, where our essence can emerge without fear...
Texto | Text: Catarina Vale
Fotografia | Photography: Vilma Serrano
# 4938
Astéria e Leto
Amei-te prodigamente.
Amei-te prodigamente no perímetro overdótico que cabe entre o gostar muito de muito e o tímpano do sol.
O tímpano do sol que te pertencia.
Era de organza toda a prodigalidade do meu amor devasso.
Mas o teu
O teu era pródigo por outros motivos: O tímpano do sol como se em vez de orelhas erguesses dois búzios estetoscópios.
A Yoko Ono disse, experimenta olhar o céu através de um buraco.
E tu experimentaste: O meu corpo, o céu. O céu do meu corpo.
Todos me alcançaram pela materialidade
Tu, ao contrário dos outros; tu, ao contrário de todos, pela estreiteza e celestialidade da trompa de Eustáquio, amaste-me com prodigalidade auditiva.
E é por isso que em todas as viagens de carro eu canto desafinada e desalmadamente sem vergonha ou atrapalhações inibitórias.
Não tenho medo do teu pavilhão auditivo e como uma foca fecho os ouvidos exteriores quando entro no espaço titânico do teu corpo de Céos para ser livre.
Asteria and Leto
I loved you prodigally
Unfolding in the earnest perimeter between my spirited insatiability and the tympanum of the sun
The tympanum of the sun that you borrowed.
Of the prodigality of my lecherous yet uncorrupted love – you only need to know this: it is made of organza.
Your love on the other hand
found its unutterable way into prodigality through the tympanum of the sun as though two stethoscopic sea conchs were erected in lieu of ears.
Yoko Ono once invited us to look at the sky through a hole.
And you did: my body. the sky. the sky of my body.
Materiality: that’s the edge everyone else reached me from.
You, unlike them. You, unlike all others, latched on to me through the Eustachian tube – its narrowness, its celestiality - and loved me with aural prodigality.
Unmatched. Unrivalled.
This is why I find myself singing euphorically and out of tune in every road trip with no hint of awkwardness there to be found.
Your aural pavilion is untriggering and like a seal I plunge into the titanic interstices of your Coeus-like body with my superior ears shut only to be imprinted and free.
Texto | Text: Ana Sofia Elias
Fotografia | Photography: Mariana Costa
# 4937
Habito-me no relevo da solidão onde a liberdade tem os chilreios de pardais.
I settle in the heights of solitude where freedom has the songs of sparrows.
Texto | Text: Cristina Vicente
Fotografia | Photography: Sílvia Bernardino
# 4936
Amor como um Enigma
O amor
permanece um enigma
para muitas pessoas
porque ele pode trazer infinita
alegria para uma pessoa
e um sofrimento devastador
para outra.
O amor
pode acender
instantaneamente
quente e intenso
como um incêncio
e então extinguir-se
num instante
deixando em seu rastro
um deserto de aflição
e luto.
O amor
pode confundir e sobrecarregar
aqueles que lutaram
e falharam nesse trio
clichê-
casamento
separação
divórcio
enquanto testemunham casais
que se apaixonaram jovens
e permaneceram apaixonados
devotados um ao outro
até a morte.
Outros, ainda, vivem sem
essas buscas e escolhem
a abstinência ascética
ou se acomodam com amizades
coloridas.
Love As An Enigma
Love
remains an enigma
to many people
because it can bring infinite
joy to one
and devastating misery
to another.
Love
can flare
instantaneously
hot and intense
as a wildfire
then burn itself out
in a flash
leaving in its wake
a wasteland of woe
and mourning.
Love
can puzzle and burden
those who’ve floundered
and failed in that clichéd
trifecta—
marriage
separation
divorce
while witnessing couples
who fell in love young
and remained in love
devoted to each other
until they died.
Still others do without
such quests and choose
ascetic abstinence
or settle with friendships
with benefits.
Texto | Text: Fred Fullerton
Fotografia | Photography: Ana Gilbert
# 4935
O amor está no interior da terra. Onde vivem as ideias extraordinárias, os monstros fantásticos e as virtudes de que padecem os sábios. O amor é tão pouco o que se diz, é tanto do que se cava. Tenho a esperança de que seja como a árvore. Que respire à superfície.
Love is inside Earth. Where extraordinary ideas, fantastic monsters and the virtues that wise men suffer from live. Love is so not what is said, it is so much of what is dug. I hope it's like the tree. That it breathes on the surface.
Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Bea Berg
# 4934
Frágil. Por favor não abraçar. Risco de colapsar.
Fragile. Please don't hug. Risk of collapsing.
Texto | Text: Márcia Oliveira
Fotografia | Photography: Carolina Geiger
# 4933
como tens perdido?
e o que perdeste?
sabes do fio invisível?
suspenso após a separação?
inexistente para ti?
de que te esqueces?
amar,
sabes?
sabes, o amor?
(chorando ao espelho
(está tudo na tua cabeça
how have you lost?
what did you loose?
do you know about the invisible thread?
suspended after the separation?
inexistent to you?
what do you forget?
to love,
you know?
you know, love?
(tears rolling at the mirror
(it is all in your head
Texto | Text: José Manuel
Fotografia | Photography: Laetitia Graber
# 4932
O amor está no interior da terra. Onde vivem as ideias extraordinárias, os monstros fantásticos e as virtudes de que padecem os sábios. O amor é tão pouco o que se diz, é tanto do que se cava. Tenho a esperança de que seja como a árvore. Que respire à superfície.
Love is inside Earth. Where extraordinary ideas, fantastic monsters and the virtues that wise men suffer from live. Love is so not what is said, it is so much of what is dug. I hope it's like the tree. That it breathes on the surface.
Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Nadir Social Lens
# 4931
Com quantas linhas se constrói uma pausa?
How many lines does it take to build a pause?
Texto | Text: Ana Gilbert
Fotografia | Photography: Joana Neves
# 4930
A cada instante, a eternidade...
At every moment, eternity...
Texto | Text: Catarina Vale
Fotografia | Photography: Gwen Julia
# 4929
À tua espera, passo os dias a inventar razões para o amor.
Waiting for you, I spend my days inventing reasons for love.
Texto | Text: Mónia Camacho
Fotografia | Photography: Gunlög Mjörnheden
# 4928
Entrai de rompante no meu coração
Falai alto e com convicção
Juntai a serenidade existente no mundo
Estendei as mãos aos pássaros
No vosso peito nascerá uma flor eterna
Onde o silêncio embalará o sonho
Burst into my heart
Speak loudly and with conviction
Gather the serenity that exists in the world
Hold out your hands to the birds
An eternal flower will grow in your chest
Where silence will cradle the dream
Texto | Text: Cátia Ribeiro
Fotografia | Photography: Semmada Arrais
# 4927
O passado não é um prólogo; confiar no presente é sempre um novo capítulo.
The past is not a prologue; trusting in the present is always a new chapter.
Texto | Text: Cristina Vicente
Fotografia | Photography: Anna Monica Rigon
# 4926
História Verniana
Somos animais olfactivos.
Não foi amor à primeira vista
foi amor-submarinista.
Vernian Story
Olfactory animals we are.
I don’t think it was love at first sight
It was submarine love.
Texto | Text: Ana Sofia Elias
Fotografia | Photography: Mia Depaola
# 4925
As lembranças inebriam as saudades?
Do memories inebriate longing?
Texto | Text: Catarina Vale
Fotografia | Photography: Teresa Maria dos Santos
# 4924
Reina o absurdo. A paranóia. Definham os sentidos e o sentido das coisas. O tempo já não nos ilude, apenas nos consome.
Absurdity reigns. Paranoia. The senses and meaning of things wither away. Time no longer deceives us, it only consumes us.
Texto | Text: Márcia Oliveira
Fotografia | Photography: Anna Papachristou
# 4923
Perseidas
Decoro e delírio.
Como um díptico, assim emergiu.
Mas depois o sol de Agosto sensualizou este poema e indeferiu.
E eu reescrevi-o como um tríptico: Decoro, delírio e calidez.
Perseids
This was a diptych: decorum and delirium.
Then the August sun overruled.
Triptych it is: decorum, delirium and apricity.
Texto | Text: Ana Sofia Elias
Fotografia | Photography: Michèle Polak
# 4922
É este o caminho?
É este o caminho.
Sempre que fizeres a pergunta, dá mais um passo.
Is this the way?
This is the way.
Every time you ask the question, take one more step.
Texto | Text: Ana Miguel Socorro
Fotografia | Photography: Silke Schönborn
# 4921
Entrai de rompante no meu coração
Falai alto e com convicção
Juntai a serenidade existente no mundo
Estendei as mãos aos pássaros
No vosso peito nascerá uma flor eterna
Onde o silêncio embalará o sonho
Burst into my heart
Speak loudly and with conviction
Gather the serenity that exists in the world
Hold out your hands to the birds
An eternal flower will grow in your chest
Where silence will cradle the dream
Texto | Text: Cátia Ribeiro
Fotografia | Photography: Irene Bernardt
# 4920
Separam-se constelações. Estrelas fogem. Nos restos de um planeta antigo germinam ideias loucas e a sensação de que deixamos os corpos quentes para trás. A lua caiu.
Constellations break up. Stars run away. In the remains of an ancient planet, the feeling that we have left our warm bodies behind and crazy ideas germinate. The moon fell.
Texto | Text: Márcia Oliveira
Fotografia | Photography: Maria Ankhimyuk
# 4919
encanto
hoje agarrei um pedaço de céu
no dia inebriado a erguer-se dos poemas lilases
que os jacarandás escrevem no chão do parque
charm
today I grabbed a piece of sky
in the inebriated day rising from the lilac poems
that the jacaranda trees write on the ground in the park
Texto | Text: Isabel Pires
Fotografia | Photography: Anna Lundgren
# 4918
Quando morrer, não sei se vou para o céu pelo que faço, se para o inferno pelo que penso!
When I die, I don't know if I'll go to heaven for what I do, or to hell for what I think!
Texto | Text: Sara Viscondessa
Fotografia | Photography: Vilma Serrano
# 4917
Voei até onde o meu olhar pode dançar.
I flew as far as my eyes could dance.
Texto | Text: Maria Ervilha
Fotografia | Photography: Sílvia Bernardino
# 4916
Dos tormentos que me atentam, tu és o mais audaz.
Of all the torments I face, you are the most daring.
Texto | Text: Sandra Francisco
Fotografia | Photography: Giorgos Kitsos
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